segunda-feira, 4 de junho de 2012

GRUPO POTYARA


“A origem da educação escolar no Brasil- a ação dos
jesuítas como parte do movimento da contra-reforma católica”

De inicio, podemos admitir que o homem seja um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também   da experiência pessoal.
      A história é a interpretação   da ação   transformadora do homem   no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.
      O trabalho que seria a ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo que produz sua própria cultura.
      Se o homem é o resultado por esse processo pelo qual constrói a cultura e a si próprio, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Na realidade, não há um conceito de “homem universal” que sirva de modelo para os educadores. Melhor seria referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto das relações sociais, que se transformam no decorrer do tempo. Ou seja, não compreendemos o homem fora de sua prática social, porque esta, por sua vez, se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Portanto, vimos que através do trabalho, o homem atua sobre o mundo transformando-o. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados, ao mesmo tempo em que estabelece projetos de mudança. Ou seja, o homem se insere no tempo: o presente humano não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro.
      Pensar o passado não deve ser visto como exercício de saudosismo, mera curiosidade ou erudição. O passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. É compreendendo o passado que podemos dar sentido ao presente e projetar o futuro.
O espírito da Contra-Reforma católica é caracterizado por uma defesa tão intransigente de prerrogativa da Igreja Católica sobre a educação, que acaba envolvendo na condenação tanto as iniciativas alheias à extensão da instrução às classes populares como toda inovação cultural.
A orientação educativa da Igreja Católica, como resposta ao protestantismo, foi fixada no Concílio de Trento. O concílio insistiu muito sobre os livros e sobre a escola.
O concílio condenou, com dez “regras”, várias espécies de livros, especialmente os livros sagrados, listando-os minuciosamente. Quanto às escolas, o Concílio de Trento providenciou a reorganização das escolas católicas, evocando explicitamente as antigas tradições.
            Além disso, o concilio instituiu os seminários, destinados a educar religiosamente e a instruir nas disciplinas eclesiásticas as novas levas de sacerdotes. O exemplo mais bem-sucedido de novas escolas para leigos, recomendado pelo Concílio de Trento, foi o das escolas dos jesuítas.

Karina, Katia, Potyara




GRUPO POTYARA


A IMPORTANCIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
 A História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao território do Novo Mundo. Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu. Num programa de entrevista na televisão o indigenísta Orlando Villas Boas contou um fato observado por ele numa aldeia Xavante que retrata bem a característica educacional entre os índios: Orlando observava uma mulher que fazia alguns potes de barro. Assim que a mulher terminava um pote seu filho, que estava ao lado dela, pegava o pote pronto e o jogava ao chão quebrando. Imediatamente ela iniciava outro e, novamente, assim que estava pronto, seu filho repetia o mesmo ato e o jogava no chão. Esta cena se repetiu por sete potes até que Orlando não se conteve e se aproximou da mulher Xavante e perguntou por que ela deixava o menino quebrar o trabalho que ela havia acabado de terminar. No que a mulher índia respondeu: "- Porque ele quer." Podemos também obter algumas noções de como era feita a educação entre os índios na série Xingu, produzida pela extinta Rede Manchete de Televisão. Neste seriado podemos ver crianças indígenas subindo nas estruturas de madeira das construções das ocas, numa altura inconcebivelmente alta.
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Este método funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia alguma coisa muito bem estruturada em termos de educação o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentou-se as aulas régias o subsídio literário, mas o caos continuou até que a Família Real, fugindo de Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo. Na verdade não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia.
 Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Basta ver que enquanto nas colônias espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a Universidade de São Domingos e em 1551 a do México e a de Lima, a nossa primeira Universidade só surgiu em 1934, em São Paulo. Por todo o Império, incluindo D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, pouco se fez pela educação brasileira e muitos reclamavam de sua qualidade ruim. Com a Proclamação da República tentou-se várias reformas que pudessem dar uma nova guinada, mas se observarmos bem, a educação brasileira não sofreu um processo de evolução que pudesse ser considerado marcante ou significativo em termos de modelo. Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é a de manter o "status” para aqueles que freqüentam os bancos escolares.





NOME COMPLETO:                                 RA:

Bárbara Gonçalves                                     2321377161                                     
Kátia Venceslau                                          1158380010
Karina Gonçalves                                       1140346025
Potyara Gomes                                           1156363674
                              

domingo, 3 de junho de 2012

Resumo (avaliação dia 05/06)


Principais frases que resumem nossos encontros nas aulas
·         A Educação tem como princípio, consolidar a relação de construção das relações socio-históricas de um círculo social;
·         As sociedades tribais são o marco referencial do uso da Educação como elemento de manutenção dos valores atitudinais, comportamentais e culturais de uma sociedade;
·         A Educação nas civilizações tribais tinha como principal finalidade, organizar o conhecimento passado de gerações anteriores, em prol da manutenção do círculo social instituído;
·         Nas civilizações tribais, a Educação era construída, de acordo com a influência das necessidades de sobrevivência do círculo social, portanto, local, clima, período histórico e contextos ligados à sobrevivência. Não podemos caracterizar esse período pelos relatos escritos, pois a escrita ainda não era uma prática de tais sociedades;
·         As civilizações do período antigo que mais influenciaram a concepção de Educação foram as que se consolidaram na região mesopotâmica; Egito; Sociedades Orientais como a Índia e a China e, nosso grande referencial histórico de modelo de Educação, os povos Greco-romanos e adjacentes;
·         Os povos Gregos, embora dessem destaque as questões físicas, não descartavam a valorização da formação moral e estética;
·         Muito de nossa concepção de Educação, metodologicamente falando,  trazem influências diretas das civilizações Ocidentais europeias: período arcaico – a transposição do mítico para a racionalização do homem;
                                        Período clássico – o apogeu de uma civilização (Grega), com ênfase nas artes, na literatura e com a filosofia como principal meio de se compreender o homem;
                                        Período helenístico – período do declínio político grego e das ascensões da guerra e do homem cívico. O homem busca a formação integral (corpo e espírito);
·         No cenário das grandes civilizações nasce a concepção humanista de Roma de conquistar novos povos e  incorporar sua cultura ao Poder do Estado romano;
·         O período da Idade Média consolidou o uso da Educação como ferramenta de uma “estagnação” das concepções científicas;
·         O período intitulado como a do “homem de fé”, configurou a ideia de uma educação voltada ao fortalecimento da visão da submissão aos carmas, aos dogmas e aos “dons”;
·         Há, por parte das civilizações, uma preocupação em vincular questões de suas crenças e religiosidade e, da concepção do Homem de ofício;
·         As artes e a religião foram ferramentas de educação para o homem medieval, configurando como círculo social a concepção de que a servidão era uma questão de manutenção de poder e subserviência;
·         A educação medieval apoia-se no Espiritualismo cristão para dar sustentação as questões do “Ser Divino” de contemplação e servidão;
·         O Renascimento e o Humanismo marcam o período de transição entre a visão única de Fé do homem feudal/medieval, com a valorização dos aportes Greco-romanos e da busca do Homem que pensa e que tem cultura;
·         No Brasil, as concepções de educação do Renascimento não trazem influência imediata, por conta de estarmos num processo de educação jesuítica, em razão da colonização pela qual nos trazia como essência de educação a modelação de comportamento e incorporação da cultura implementada por Portugal;
·         A educação começa seu processo de expansão e acesso no final da idade moderna e início da idade contemporânea;
·         Cada contexto de realidade das diferentes culturas e povos determina um ou mais modelos de Educação a ser seguida;
·         Cada método adotado para o trabalho de desenvolvimento educacional de uma sociedade, constitui um formato de educação que deve ter como foco: Conhecimento e Formação de identidade;
DEMAIS AFIRMAÇÕES E IDÉIAS ESTÃO DISPOSTAS NO LIVRO E NOS RESUMOS QUE TRABALHAMOS EM CLASSE
Boa sorte na avaliação!!!!!!!!!!                         DOJ

quinta-feira, 31 de maio de 2012

GRUPO ROSEMEIRE



SOMOS FEITOS DE TEMPO?
Sim, somos feitos de tempo, somos seres históricos que fabricamos nosso passado, tudo o que vivemos hoje será, no futuro, o nosso passado. De acordo com nossas vivencias e relações sociais mudaram nossas ações e pensamentos, e a história vai se formando de geração para geração.
“[...] onde há ser humano há cultura. Onde quer que o ser humano toque, o que quer que faça, está a modificar a realidade e a sai próprio e, assim, que interferir no mundo natural ou dele participa, está a criar um mundo cultural”. (REISEWITZ, 2004, p.81)
1º SEMANA:  A educação, o saber, se passa de pessoa para pessoa, de cultura para cultura, de sociedade para sociedade; daí cada sociedade tem fatores culturais que vão sendo transmitidos ao longo do processo histórico, desenvolvidos através de seus artefatos místicos, éticos e religiosos influenciando sua forma de pensar e agir. Assim, o processo evolutivo de um povo se dá através do conhecimento de sua história e esse conhecimento histórico é seletivo, pois cada historiador faz uma escolha dos acontecimentos mais importantes para sua história. Dessa forma, em cada época e local a memória é registrada de maneiras diferentes e é fundamental na formação da identidade cultural, das tradições e no registro de experiências significativas, por isso deve ser valorizada e preservada.
A preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural é necessária, pois esse patrimônio é o testemunho vivo da herança cultural de gerações passadas que exerce papel fundamental no momento presente e se projeta para o futuro, transmitindo às gerações por vir as referências de um tempo e de um espaço singulares, que jamais serão revividos, mas revisitados, criando a consciência da Inter comunicabilidade da história. (ICOMOS, 1980)
A história da educação não é muito difícil de ser compreendida. Ela nos permite ver que, em outros lugares, culturas e épocas, ou aqui perto de nós, a educação, de modo geral, e a escola, em particular, tem mudado, mas parecem manter alguns elementos intocados.
A história, dessa forma, ajuda-nos a olhar nossa realidade com paciência, afinal, as coisas demoram muito a mudar. As vezes é preciso esperar duas ou três gerações para que uma inovação educacional se estabeleça.
Enfim, estudar história da educação é compreender o presente, e intervir no futuro através do estudo do passado, não cometendo os mesmos erros de nossos antepassados.

2º SEMANA: A ORIGEM DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL – A AÇÃO DOS JESUÍTAS COMO PARTE DO MOVIMENTO DA CONTRA-REFORMA CATÓLICA
A escola foi invenção da sociedade grega em que um número cada vez maior de privilegiados, vivendo também a invenção da democracia, reclamava para seus filhos a iniciação em técnicas e conhecimentos até então rigorosamente guardados pelas famílias aristocratas, aquelas que tinham virtude e valor.
Ao longo dos tempos a escola, de acordo com a sociedade na qual se insere, muda sua feição. Depois da conquista e da derrota da Grécia, o Império Romano leva os princípios de colaboração para a paz romana a todos os domínios conquistados e faz do latim (língua que era falada do Lácio, antiga região da Itália) língua oficial. Entre os Romanos, os estudos literários e científicos constituíram o cerne do “Plano de Estudos”, diferentemente dos gregos que tinham a filosofia um dos seus principais pilares.
Nascido no interior desse império, o cristianismo, tendo como principal instituição a Igreja Católica, vai se ocupar da educação, da instrução e cria suas próprias escolas, depois que os Bárbaros (assim chamados porque não viviam sob o domínio imperial e não falavam a língua oficial) derrotaram as forças guerreiras romanas.
Tanto a formação do cristão, que tem seu ensinamento baseado na Bíblia (em detrimento das artes liberais de Antiguidade), quanto a formação do homem capaz de prover a vida e defender o cristianismo, estabelecem novas formas de relação, de ética e de estética, inclusive pedagógicas, e nossas escolas estará presentes.
A educação admite que possa haver uma escola alegre e que os estudos literários, científicos e filosóficos constituem partes igualmente importantes de um currículo, um artefato cultural, como tantos outros. Novos mundos são alcançados, as Américas, anunciando uma nova era e novas raças culturais que obrigavam a pensar em um novo tipo de educação e um novo tipo de escola.
Os portugueses chegaram a uma nova terra a que dão o nome de Brasil e dela se apossam. Tornamo-nos colônia e durante mais de três séculos, apesar dos muitos movimentos de resistência e rebeldia, servimos de sustentáculo econômico da metrópole européia, que gradativamente entrava em decadência. A grande propriedade e a mão-de-obra escrava traficada da África baseavam economicamente essa nova sociedade, formada pelos que aqui já habitavam há séculos: os nativos nominados de índios, negros, judeus, árabes, portugueses, holandeses, franceses, etc.
A idade moderna abre inteiramente três janelas, até então apenas entreabertas. Firma princípios e modos de conduta religiosos e a Igreja Católica é obrigada a admitir o protesto.
O século XVII não será apenas palco de grandes feitos políticos; será religioso, implementando proposições teológicas advindas da Reforma e Contra-reforma, com profundas consequências para a extensão da leitura e da escrita a um crescente número de pessoas, e para a escola, seus métodos, seu corpo docente e discente e suas normas e regras de conduta e bem viver.
O Brasil, parte do novo mundo conquistado por países católicos reformados, vai ter na Companhia de Jesus seu principal agente educador. Apesar das revoluções científicas, a teologia, a moral e uma disciplina militar dão o tom da educação jesuítica.
Curumins e filhos de colonos são os principais alvos da ação educativa dos padres que, em um só movimento, contribuíram para destruir a cultura dos nativos fazendo-os crer, por exemplo, na existência de um Deus Único e onipresente (onipotente e consciente): protegê-los dos mercenários, educar uma elite nos colégios secundários e formar quadros para a própria Ordem nos cursos superiores de teologia.
Destacamos os seguintes jesuítas que vieram ao Brasil no século XVI: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Seus objetivos eram: levar o catolicismo para regiões descobertas no século XVI, principalmente a América; catequizar os índios americanos, China e África, para evitar o avanço do protestantismo; e construir escolas católicas nas diversas regiões do mundo.
Em Portugal, o Marquês de Pombal, representante dos novos ventos que assombravam a Europa e outras partes do mundo, expulsou os jesuítas do Reino e de suas colônias, acusando-os de acumularem fortunas e de não propagarem as conquistas das revoluções científicas centradas na razão.
No caso brasileiro, o século XIX será marcado pela progressiva institucionalização da escola e da lenta afirmação do lugar do estado como principal provedor da educação.
Já com o estabelecimento da família real no Brasil, fugitiva das tropas de Napoleão, em 1808, novos ares culturais e educativos começam a se respirar na colônia; cursos superiores, assim como a Biblioteca, o Museu Nacional, o Jardim Botânico, etc. As escolas normais são criadas e progressivamente a mulher, principalmente a partir do final daquele século, passa a ocupar a maior parte dos lugares no magistério primário. A escola, aos poucos, ganha materiais, espaços, profissionais próprios para ela, e passa a ser vista a partir de então, como a principal instância de transmissão do saber.
O século XX traz novos debates acerca da educação (auxiliada por ciências novas como a psicologia e a sociologia) e, com muita força, a escola passa a ser questionada por dentro: A Escola Nova chama a atenção para o papel do aluno como sujeito da aprendizagem e o papel de mediador do professor.
No final do século XX, e o início do século XXI, está instituído uma escola em que os meios de ensino são diferentes. A máquina não está instalada apenas na indústria, mas na sala de aula, desde projetores de slides ou gravadores e retroprojetores, hoje considerados modestos, até televisores e computadores ligados a internet.
A atenção de especialistas se volta agora para o papel do professor e para o risco do excesso, pois sabe-se que as doses excessivas de informação a que um número crescente de pessoas está exposta, ao invés de aumentar o saber, provocam ignorância.
A escola está em constante aceitação, produzindo cenas que são a expressão de um conjunto de normas e regras que a sociedade e essa máquina chamada educação pensaram para eles. Mas a educação nunca se restringiu a escola. Práticas educativas tem ocorrido, ao longo do tempo, fora dessa instituição, e as vezes, com maior força do que se considera, principalmente para certos grupos sociais e em determinadas épocas. A cidade, o trabalho, o lazer, os movimentos sociais, a família, a Igreja, foram, e continuam sendo, poderosas forças nos processos de inserção de homens e mulheres em mundos culturais específicos.

3º SEMANA: Principais estabelecimentos ESCOLARES fundados em cada período da Historia da educação brasileira.
 1534     | Inácio de Loyola funda a Companhia de Jesus que possuía objetivos catequéticos      |
 1541     | Fundação do 1° colégio da Companhia de Jesus            |
 1542     | Colégio e Universidade de Pádua        |
 1544     | Colégio fundado por S. Francisco de Borja, Duque de Gandia |
 1549     | Os jesuítas abriram escola de ler e escrever   |
 1550     | Fundação do Colégio dos Meninos de Jesus, na Bahia               |
 1552     | Colégios dos meninos órfãos no Brasil               |
 1555     | Escolas jesuítas de São Paulo de Piratininga e da Bahia              |
 1556     | Fundação do Colégio Jesuíta de Todos os Santos         |
 1557     | Fundação do Colégio de Jesuíta do Rio de Janeiro       |
 1623     | Fundação do Colégio Jesuíta do Maranhão     |
 1646     | Fundação do Colégio Jesuíta de Santo Inácio, em São Paulo   |
 1654     | Criação do Colégio Jesuíta de São Tiago, no Espírito SantoFundação do Colégio Jesuíta de São Miguel, em Santos, o de SantoAlexandre, no Pará, e o de Nossa Senhora da Luz do Maranhão            |
 1683     | Fundação do Colégio Jesuíta de Nosso Senhor do Ó, em Recife            |
 1808     | Escola de medicina na BahiaFaculdade nacional de medicina (atual UFRJ)Academia real da marinha   |
 1809     | Academia de médico-cirurgião do Rio de Janeiro         |
 1810     | Escola de engenharia do Rio de JaneiroAbertura da Academia Militar                |
 1827     | Escola de direito de Largo de São Francisco em São PauloFaculdade de direito de Olinda (Pernambuco)1912 |
 1835     | 1° escola normal do país em Niterói    |
 1837     | Colégio Pedro II            |
 1909     | 1° escola moderna fundada no Brasil  |
 1912     | Universidade Federal do Paraná (1° universidade brasileira)  |
 1915     | Universidade Popular de Cultura Racionalista e Científica        |
 1930     | Criação do Ministério da Educação      |
 1937     | Universidade do Brasil (atual UFRJ)     |
 1950     | Centro Educacional Carneiro Ribeiro   |
 1960     | 1° Universidade Federal de Santa Maria no interior do Brasil  |
 1967     | Movimento Brasileiro de Alfabetização            |
 1985     | Movimento Mobral é instinto               |
 1991     | Instituto Paulo Freire |
 1997     | Ministério da Educação cria o programa de expansão da educação     |


Por Ingrid Caroline ,Daniela dos Santos Ferreira ,Juliana dos Santos,Rosemeire aparecida das chagas


terça-feira, 29 de maio de 2012

Grupo Potyara


Memórias Da Educação Escolar No Brasil Contemporaneo


 De inicio, podemos admitir que o homem seja um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também   da experiência pessoal.
      A história é a interpretação   da ação   transformadora do homem   no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.
      O trabalho que seria a ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo que produz sua própria cultura.
      Se o homem é o resultado por esse processo pelo qual constrói a cultura e a si próprio, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Na realidade, não há um conceito de “homem universal” que sirva de modelo para os educadores. Melhor seria referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto das relações sociais, que se transformam no decorrer do tempo. Ou seja, não compreendemos o homem fora de sua prática social, porque esta, por sua vez, se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Portanto, vimos que através do trabalho, o homem atua sobre o mundo transformando-o. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados, ao mesmo tempo em que estabelece projetos de mudança. Ou seja, o homem se insere no tempo: o presente humano não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro.
      Pensar o passado não deve ser visto como exercício de saudosismo, mera curiosidade ou erudição. O passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. Somos seres históricos que assimilamos culturas e heranças de nossos antepassados, mas estamos sujeito a mudanças. A nossa cultura deve ser resgatada todos os dias, mas é na memória do passado, por meio de documentos que levantamos hipóteses sobre fontes investigadas. 
Somos feito de tempo, pois é ele que dá o sentido a vida. Por que a história para ser reconstituída precisa passar pelo passado, relatando acontecimentos decorrentes da ação transformadora do ser humano.
As antigas concepções da história, segundo os povos tribais, não privilegiaram os acontecimentos da vida da humanidade e para eles o passado se remete aos “primórdios”. No entanto, no período grego, bem antes de Aristóteles, surgiu   “Heródoto” que escreveu o livro “histórias”, apresentou no seu livro uma investigação sobre o tempo(que não apague o trabalho dos homens). Por isso foi chamado de ”pai da história”
No período do renascimento, foi eleita a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado   O renascimento deu privilégio a duas disciplinas: matemática e as ciências da natureza .   Surgindo assim o “humanismo”. Os humanistas eram homens letrados profissionais da burguesia e do clero.Neste mesmo período surge a democracia, que permanece ate os dias atuais.
Mas foi na história moderna e contemporânea, no século XVII, que surgiu a modernidade, mas foi no Iluminismo que ocorreu uma ruptura na tradição aristocrática e o feudalismo foi substituído pela Revolução Industrial. Podemos, então , pensar no aperfeiçoamento da humanidade, enfim no progresso e a reflexão pedagógica.
Destacamos neste período a redefinição e reorganização da : família e da escola, tornando muito importando para o desenvolvimento da infância.
“ A história da educação no Brasil tem sido uma história de perdas, de exclusão e de manutenção dos privilégios de minorias. A herança que crianças e os jovens, hoje a maioria da população, recebem dessa história caracteriza-se pela carência, pelo descrédito e ausência de perspectiva, pela perplexidade. (...) a crise da educação atinge níveis intoleráveis. A política de desobrigação do Estado com a educação pública, gratuita e de qualidade cada vez mais vem excluindo crianças, jovens e adultos da escola e aprofundando as desigualdades sociais”. (Coned, 1998:7) 

A análise que o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública faz, no III Coned, alerta-nos para algumas discussões, dentre elas, o fato de procurar compreender por qual viés tem passado a educação. Afinal, o Estado tem priorizado o político social ou o econômico em se tratando de política educacional?

Por certo, as ações por parte do Estado, que se direcionam à educação, tem sido elaboradas de forma intencional e objetiva. Os interesses das políticas educacionais são pontuais, desde a perpetuação do poder do Império até os enfoques mercantilistas e economicistas da atualidade. A educação tem sido uma “ arma “ do Estado contra as forças opositoras ao poder estabelecido.

O movimento popular no Brasil há muito vem denunciando essas condições da educação e o caráter economista que os governos têm atribuído a ela. Nereide Saviani vai além, afirma que muito mais que impor seus interesses, a elite prepara ideologicamente os que vão mantê-la no poder:

“ A educação brasileira limitou-se, ao longo de sua história, a atender aos interesses das elites, visando formar, entre elas, os dirigentes, e tendo-se voltado para o povo apenas nos limites da formação de mão-de-obra e de inculcação ideológica para direcionar a escolha dos governantes”. (Saviani, 1997:56)

Atualmente, o quadro não tem sido diferente. Os dilemas e impasses do setor educacional é, inicialmente, um problema relacionado à crise da própria proposta político- pedagógico para a formação da população brasileira.

Historicamente, a escola vem relatando e defendendo que seu papel é o de formar os indivíduos para a sociedade. Essa mesma sociedade da forma como está estruturada não comporta os homens e mulheres com saberes e entendimento da vida que na escola aprendem.

O problema esta fundamentado num sistema econômico ideológico que, ironicamente, a própria escola contribui para se propagar. Seu projeto pedagógico não tem uma análise social do homem na sociedade em que vive. Mas sim, a ação humana sobre ou sob a sociedade produtiva.

Anteriormente, Nereide Saviani afirma que a educação serviu de inculcação ideológica. Segundo a autora , a escola tem sido utilizada na manutenção de um determinado modelo ideológico/econômico. Que inculcação ideológica tem permeado a escola nos últimos anos? No seu fazer pedagógico, a escola fala em nome de quem? Pretende-se aqui afirmar que a escola brasileira vem percorrendo desde o final do século XX os ideários neoliberais.

Sabe-se que há resistências no campo progressista educacional, mas a política que se afirma na educação nacional não foge à regra do campo ideológico neoliberal.
O neoliberalismo configura-se:

“Um complexo processo de construção hegemônica. Isto é, como uma estratégia de poder que se implementa em dois sentidos articulados: por um lado, através de um conjunto razoavelmente regular de reformas concretas no plano econômico, político, jurídico, educacional etc. e, por outro, através de uma série de estratégias culturais orientadas a impor novos significados sociais, a partir dos quais legitimam as reformas neoliberais como sendo as únicas que podem (e devem) ser aplicadas no atual contexto histórico de nossa sociedade.” (Gentili, 1996:). 

Os teóricos neoliberais afirmam que o capitalismo está em crise, e que isso é passageiro. É preciso, segundo eles, rever a conjuntura e rearticular as relações capitalistas. Pensar novas formas de reorganizar o capitalismo é a única saída e o neoliberalismo assume esse papel.

Outra característica neoliberalé a compreensão de que o mercado é o único setor e instrumento capaz de regular os interesses e as relações sociais. O setor público, no caso o Estado, é responsável por toda a crise pela qual a sociedade passa. Essa é a base de sustentação do neoliberalismo: o Estado é insuficiente para administrar o setor público, enquanto o setor privado é considerado altamente eficiente.

No setor educacional não parece novidade o que o governo vem fazendo com a educação pública. Alega insistentemente que a escola pública está ruim e que seus trabalhadores precisam de formação adequada. Por outro lado, são mínimos os salários desses profissionais. Outra característica neoliberal na educação são as chamadas “ajudas” às famílias para que mantenham os filhos da escola. O Estado deveria sim, está promovendo políticas públicas de geração de emprego e qualidade de vida da população. Ao contrário, submete a população excluída à manutenção da exclusão, e mais, fortalece os ideários da privatização da educação.

Na verdade, para os neoliberais, a educação passa por uma crise de eficiência, eficácia e produtividade. Segundo eles, a expansão tão almejada pelo setor progressista vem ocorrendo de uma forma desordenada. Os estabelecimentos de ensino não apresentam qualidade e sua ação pedagógica e gestão administrativa se caracterizam pela improdutividade. Os neoliberais afirmam que a escola não vive mais a falta de democratização e sim uma crise de cunho administrativo. Assim se encontra o setor educacional, administrado por quem não sabe. Os seus administrados são os professores que por sua vez, representam a ineficácia do Estado. Esta lógica também afirma que recursos financeiros não faltam, o que falta é uma melhor distribuição e uso adequado dos mesmos.

Além de afirmar que o Estado é assistencialista e ineficaz, os neoliberais defendem a retirada do setor público da área administrativa de políticas sociais, este não teria “competência“ para tal.

Nesta visão, é preciso reformar. E foi isso que aconteceu com a educação brasileira nas duas últimas décadas. O Estado controlou e reformou a Constituição Federal de l988 com a Emenda Constitucional nº 14, que fundamentou a lei 9424/96 – FUNDEF. Esta lei possibilitou a municipalização do Ensino Fundamental e delegou `as prefeituras a mercantilização da educação, quando estabelece o número de aluno x arrecadação. Outro exemplo, foi a promulgação da LDB 9394/96 que derrubou de vez a expectativa de se criar um Sistema Nacional de Educação, que teria um caráter unificador de propostas educacionais para a população brasileira considerando, certamente, os fins sociais do ensino.

Vale lembrar, também, a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Estes por sua vez, são altamente contraditórios e reforçam, segundo Nereide Saviani, a fragmentação do ensino e formação para ao trabalho:

“As finalidades da educação escolar, portanto, reduzem-se à aprendizagem de conhecimentos, úteis, imediatamente aplicáveis, tanto nas possíveis atividades profissionais, quanto na convivência social. Como fica, nesse contexto a formação integral da personalidade, a formação da cidadania? Ou o cidadão que se quer formar é aquele submetido ao mercado?” (Saviani, 1999:25) 

Por último, sem esgotar os exemplos, pode-se citar o Plano Nacional da Educação, que após muitas lutas e discussões de intelectuais, professores e entidades membros do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, foi elaborado o “ Plano Nacional de Educação: Proposta da Sociedade Brasileira” ( I Coned, l996). Nesse caso, mais uma vez, o governo federal atropelou a proposta oriunda da sociedade civil organizada aprovando seu próprio plano de educação, vetando inclusive de última hora, nove artigos, seis deles, referentes à financiamentos.

A educação na atualidade vive problemas de ordem ideológica estrutural, que perpassam o sistema econômico vigente. Influenciada por esses ideários, a Escola encontra-se num verdadeiro “ beco sem saída”. E reproduz a chamada ideologia dominante neoliberal. Um bom exemplo disso são os chamados controles escolares sugeridos pelo MEC. O PROVÃO tem sido preconizado nas escolas superiores como um instrumento que define o bom profissional para o mercado de trabalho, através das notas obtidas . Há cursos e escolas que preparam aulas e cursinhos específicos para o alunos se saírem “ bem no provão” .

Na Educação Básica não é diferente, o governo se utiliza de avaliações para provar que o ensino é ruim e os educadores compactuam com isso. Não se trata aqui de negar completamente o sistema avaliativo da educação. E sim, argumentar que os profissionais da educação o executam, sem ao menos analisarem e estabeleceram discussões sobre o que está por detrás dos ideários do Estado em ser flexível no processo ( na LDB tudo pode) e controlador na saída ( Saeb, Provão, Enem) . Já se pensou no que o governo pretende fazer com os resultados dessas avaliações ou o que já vem fazendo?

Já se pensou que o que o Estado quer é avalizar a forma como vem desobrigando-se de suas responsabilidades com a educação nas últimas décadas? Será que os resultados desse “controle” tem servido para transformar qualitativamente o ensino ou para reformar segundo os ideários neoliberais?

A Instituição Escola se corporifica através de seus(as) profissionais que carecem de tomar a frente do projeto político da Escola e não permitir o uso ideológico que vem se perpetuando ao longo da história do Brasil. Faz-se necessário, como afirma Dermeval Saviani, “impor uma resistência ativa”. Homens e mulheres trabalhadores (as) na Escola precisam acreditar nessa instituição e mudá-la a partir de sua ações politizadas em nome de um povo mais consciente.

“ A resistência ativa é uma arma na luta pela transformação da deficiente estrutura educacional brasileira.
Enquanto prevalecer na política educacional a orientação de caráter neoliberal, a estratégia da resistência ativa será a nossa arma de luta. Com ela nos empenharemos em construir uma nova relação hegemônica que viabilize as transformações indispensáveis para adequar a educação às necessidades e aspirações da população brasileira”. (Dermeval, 1997:)

Não se pode continuar com a dívida histórica da formação do povo brasileiro. Se até a república o ensino foi dogmático, o ensino contemporâneo não é diferente. A Escola continua ainda, defendendo o interesse de minorias, relegando para segundo plano o social e priorizando o setor econômico da sociedade.
        NOMES:                                                                      RAS:
Bárbara Gonçalves                                     2321377161                                     
Kátia Venceslau                                          1158380010
Karina Gonçalves                                       1140346025
Potyara Gomes                                           1156363674


DATA
QUADRO CRONOLÓGICO
1500
·         Chegado dos portugueses ao Brasil: Trouxeram em sua bagagem o modelo educacional europeu.
·         Já existia no Brasil uma forma de educação praticada pelos indígenas. A educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as "marcas repressivas" do modelo educacional europeu.
1534
·         Inácio de Loiola funda a Companhia de Jesus, que possuía objetivos catequéticos.
1549
·         Chegada dos jesuítas que trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade européia e métodos pedagógicos.
·         Os jesuítas abriram escolas de ler e escrever, prática agrícola, marcenaria e ferraria.
1570
·         A obra jesuítica já contava com cinco escolas de instrução elementar.
1759
·         Expulsão da Companhia de Jesus.
·         Expulsão dos jesuítas de todas as colônias. Por 210 anos, os jesuítas foram os mentores da educação brasileira.
1759
·         Pombal cria as aulas régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos.
1760
·         Início do Período Pombalino: mudança nos padrões de educação que até então eram impostos pelos jesuítas. Neste período a educação ficou estagnada.
1764
·         Decreto pombalino da instrução pública.
·         Instituído o ensino laico e público.
1772
·         Instituiu-se o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. O resultado da decisão de Pombal foi que, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada.
1808
·         Chegada da família real. A educação passou a ser voltada para quem tinha o poder.
·         Com a chegada da Família Real Portuguesa, são fundadas a Escola de Medicina da Bahia (em Salvador) e a do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Medicina da UFRJ).
·         Aumento da desigualdade social na educação: filhos de operários e agricultores eram condenados ao analfabetismo.
·         O Brasil foi finalmente "descoberto" e a História passou a ter uma complexidade maior.
·         Criação da Imprensa Régia.
·         Abertura de Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, onde foi criado por meio de edital real o curso superior ou ilustrativo urbano.
1810
·         Criação da Biblioteca Pública e Jardim Botânico do RJ.
·         Fundada a Escola de Engenharia do Rio de Janeiro.
1812
·         Criação da Gazeta do Rio.
1813
·         Criação da revista “O Patriota”.
1818
·         Abertura do Museu Nacional.
1822
·         D. Pedro I proclama independência do Brasil.
1823
·         Institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo".
1824
·         Lançada a primeira Constituição brasileira: trazia também medidas referentes à educação.
1826
·         Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias.
1827
·         Um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
·         Fundadas a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda (Pernambuco).
1834
·         O Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário.
1835
·         Surge a primeira Escola Normal do país, em Niterói.
·         Bons resultados pretendidos não aconteceram, já que, pelas dimensões do país, a educação brasileira perdeu-se, obtendo resultados pífios.
1837
·         É criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente, o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo.
1889
·         Proclamação da Primeira República: na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista.
1890
·         Reforma de Benjamin Constant: princípios de liberdade, laicidade do ensino (leigo) e gratuidade da escola primária. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica.
1901
·         O Código Epitácio Pessoa, inclui a Lógica entre as matérias e retira a Biologia, a Sociologia e a Moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da científica.
1906
·         Criada a Liga Internacional para a Instrução Racional da Infância, que defende o estabelecimento da "Escola Moderna" para a educação infantil, sobre princípios laicos (não-religiosos), racionais e científicos.
1909
·         Primeira escola moderna fundada no Brasil, a Escola Nova, em São Paulo. Até 1919, serão fundadas outras 18 escolas do tipo, em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Niterói, Belém do Pará e Fortaleza, entre outras cidades.
1911
·         A Reforma Rivadávia Correa, pretendia que o curso secundário se tornasse formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte.
·         Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira.
1912
·         Foi criada a primeira universidade brasileira: Universidade Federal do Paraná.
1915
·         Fundada a Universidade Popular de Cultura Racionalista e Científica, por Florentino de Carvalho em São Paulo, dentro do movimento da Escola Moderna.
·         Reforma Carlos Maximiliano
1919
·         Morre Anália Franco, fundadora de mais de setenta escolas e mais de uma vintena de de asilos para crianças órfãs.
·         Governo cassa as autorizações de funcionamento das escolas modernas. O movimento chega ao fim no Brasil.
1920
·         A educação elitista entra em crise: instala-se na organização escolar da Primeira República, uma dualidade, que é fruto da descentralização pela Constituição de 1891.
1922
·         João Luiz Alves introduziu a cadeira de moral e cívica com a intenção de abrandar os protestos estudantis.
1925
·         Reforma João Luiz Alves da Rocha Vaz.
1927
·         Anísio Teixeira secretário de Educação da Bahia viaja para os EUA, onde trava contato com as idéias do pedagogo John Dewey.
1930
·         Criação do Ministério da Educação e das Secretarias de Educação dosa Estados.
1931
·         O governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos".
·         Anísio Teixeira retorna ao Brasil e assume a diretoria de educação pública do Rio de Janeiro, integrando a rede municipal de ensino.
1932
·         Um grupo de 26 educadores realiza o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: consciência da defasagem entre a educação e as exigências do desenvolvimento social e humano.
·         Reforma Francisco Campos.
1934
·         Terceira Constituição: a primeira a incluir um capítulo especial sobre educação, estabeleceu pontos importantes para a educação.
·         Por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo.
1935
·         O Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual município do Rio de Janeiro, com uma Faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação. Dura apenas até 1939, mas será o embrião da futura UEG (Universidade Estadual da Guanabara), atual UERJ.
1937
o    Nova Constituição: seu texto sugere a preparação educacional de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado.
o    É criada a Universidade do Brasil (atual UFRJ), agrupando 15 instituições públicas de ensino superior que já existiam na capital federal.
1942
o    Reforma Gustavo Capanema:por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos do ensino: Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e valoriza o ensino profissionalizante.
1946
o    O então Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal, além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo as mudanças exigidas pela sociedade após a Revolução de 1930.
o    Paulo Freire começa a trabalhar com alfabetização de pessoas de baixa renda. Anísio Teixeira torna-se conselheiro da UNESCO (agência da ONU para Educação).
o    Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), promulgada pelo presidente Eurico Dutra. Anísio Teixeira volta a ser secretário de Educação da Bahia.
1948
o    O anteprojeto de reforma geral da educação nacional é encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas.
1950
o    Anísio Teixeira inaugura em Salvador, no estado da Bahia, o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro).
1952
o    O educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético.
1953
o    A educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura.
1960
o    Governo federal funda novas universidades federais no país, pela Lei nº 3.848, inclusive a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal de Santa Maria (primeira do interior do Brasil).
1961
o    Promulgada a Lei 4.024, sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica).
o    Campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 dias adultos analfabetos.
1962
o    Criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação.
o    Paulo Freire aplica seu método de alfabetização a 300 cortadores de cana analfabetos no interior de Pernambuco: em apenas 45 dias eles aprendem a ler e escrever. O sucesso do experimento inspira a criação de círculos culturais pelo Brasil.
o    Criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.
1964
o    Um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas".
o    Golpe militar: Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira são cassados; Paulo Freire é preso e exilado. Muda-se para o Chile, onde trabalha para a FAO (Organização de Alimentação e Agricultura, uma agência da ONU) e milita no Movimento Cristão pela Reforma Agrária.
1967
o    O regime militar institui o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), incorporando alguns dos métodos de Paulo Freire.
1968
o    LDB do Ensino Superior.
1970
o    Convidado pela Universidade de Harvard, Paulo Freire vai aos EUA e publica (no exterior) "Pedagogia do oprimido", seu principal trabalho, que dita as bases de seu método (pedagogia libertadora) e revoluciona a educação nos países em desenvolvimento. Muda-se novamente para Genebra, na Suíça, onde trabalha para a ONU e o Conselho Mundial de Igrejas.
1971
o    É instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. LDB do Ensino Básico.
o    Anísio Teixeira é encontrado morto no fosso do elevador do prédio de Aurélio Buarque de Holanda.
1980
o    Paulo Freire retorna ao Brasil.
1983
o    Darcy Ribeiro, como secretário de Educação do estado do Rio, cria os Centros Integrados de Ensino Público, escolas públicas de educação integral inspiradas nas experiências de Anísio Teixeira. No ano seguinte, Darcy publica "Nossa escola é uma calamidade".
1985
o    O Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL é extinto e criado o Projeto Educar.
1986
o    É realizada a Conferência Brasileira de Educação em Goiânia, Estado de Goiás.
1987
o    É extinta a Coordenação de Educação Pré- Escolar - COEPRE e o Programa Pré-Escolar passa a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Básico do Ministério da Educação e da Cultura.
1988
o    Promulgada a nova Constituição , que defende a educação como direito de todos e dever do estado e da família.
o    Um Projeto de Lei para uma nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elísio.
1989
o    O deputado Jorge Hage enviou à Câmara um substitutivo ao Projeto do Deputado Octávio Elísio.
o    Paulo Freire torna-se secretário de Educação da cidade de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina.
1990
o    Collor de Mello cria os CIACs, inspirados na experiência dos CIEPs, em vários estados do Brasil.
1991
o    Fundado o Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
1992
o    O Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elísio.
1996
o    Lei de Diretrizes e Bases da Educação: muda as etapas de ensino (Básico, Fundamental, Médio e Superior) e acrescenta um ano a mais ao Fundamental. Exige formação superior para contratação de professores, o que acaba com a função do "curso normal" .
1997
o    Morrem Paulo Freire e Darcy Ribeiro.
o    É criado, pelo Ministério da Educação, o Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP.
1998
o    É instituído pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, para ser aplicado aos alunos concluintes e aos egressos deste nível de ensino.
2001
o    O Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à educação - "Bolsa Escola" é criado
2002

É criado o Programa Diversidade na Universidade.
2004
O Prouni ( Programa Universidade para todos ) vincula a concessão de bolsa em faculdades e universidades brasileiras ao desempenho do Enem, tornando mais popular o exame.

2007
Lançado pelo governo o plano de desenvolvimento da educação (PDE),que inclui um estudo detalhado sobre o ensino público e ações com o foco na formação do professor.Tentativa de diminuir a defasagem da educação brasileira.

                                         
        NOMES:                                                                      RAS:
Bárbara Gonçalves                                     2321377161                                     
Kátia Venceslau                                          1158380010
Karina Gonçalves                                       1140346025
Potyara Gomes                                           1156363674