Grupo Marcela



“Memória da Educação Escolar no Brasil Contemporâneo”
























1500

Cronograma da educação no Brasil


  • Chegado dos portugueses ao Brasil:
  •  Trouxeram em sua bagagem o modelo educacional europeu.
  • Já existia no Brasil uma forma de educação praticada pelos indígenas. A educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as "marcas repressivas" do modelo educacional europeu.
1534
  • Inácio de Loiola funda a Companhia de Jesus, que possuía objetivos catequéticos.
1549
  • Chegada dos jesuítas que trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade europeia e métodos pedagógicos.
  • Os jesuítas abriram escolas de ler e escrever, prática agrícola, marcenaria e ferraria.
1570
  • A obra jesuítica já contava com cinco escolas de instrução elementar.
1759
  • Expulsão da Companhia de Jesus.
  • Expulsão dos jesuítas de todas as colônias. Por 210 anos, os jesuítas foram os mentores da educação brasileira.
1759
  • Pombal cria as aulas régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos
  • Início do Período Pombalino: mudança nos padrões de educação que até então eram impostos pelos jesuítas. Neste período a educação ficou estagnada.
1764
  • Decreto pombalino da instrução pública.
  • Instituído o ensino laico e público.
1772
  • Instituiu-se o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. O resultado da decisão de Pombal foi que, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada.
1808
  • Chegada da família real. A educação passou a ser voltada para quem tinha o poder.
  • Com a chegada da Família Real Portuguesa, são fundadas a Escola de Medicina da Bahia (em Salvador) e a do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Medicina da UFRJ).
  • Aumento da desigualdade social na educação: filhos de operários e agricultores eram condenados ao analfabetismo.
  • O Brasil foi finalmente "descoberto" e a História passou a ter uma complexidade maior.
  • Criação da Imprensa Régia.
  • Abertura de Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, onde foi criado por meio de edital real o curso superior ou ilustrativo urbano.
1810
  • Criação da Biblioteca Pública e Jardim Botânico do RJ.
  • Fundada a Escola de Engenharia do Rio de Janeiro.
1812
  • Criação da Gazeta do Rio.
1813
  • Criação da revista “O Patriota”.
1818
  • Abertura do Museu Nacional.
1822
  • D. Pedro I proclama independência do Brasil.
1823
  • Institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo".
1824
  • Lançada a primeira Constituição brasileira: trazia também medidas referentes à educação.
1826
  • Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias.
1827
  • Um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
  • Fundadas a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda (Pernambuco
1834
  • O Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário.
1835
  • Surge a primeira Escola Normal do país, em Niterói.
  • Bons resultados pretendidos não aconteceram, já que, pelas dimensões do país, a educação brasileira perdeu-se, obtendo resultados pífios.
1837
  • É criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente, o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo.
1889
  • Proclamação da Primeira República: na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista.
1890
  • Reforma de Benjamin Constant: princípios de liberdade, laicidade do ensino (leigo) e gratuidade da escola primária. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica.
1901
  • O Código Epitácio Pessoa, inclui a Lógica entre as matérias e retira a Biologia, a Sociologia e a Moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da científica.
1906
  • Criada a Liga Internacional para a Instrução Racional da Infância, que defende o estabelecimento da "Escola Moderna" para a educação infantil, sobre princípios laicos (não-religiosos), racionais e científicos.
1909
  • Primeira escola moderna fundada no Brasil, a Escola Nova, em São Paulo. Até 1919, serão fundadas outras 18 escolas do tipo, em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Niterói, Belém do Pará e Fortaleza, entre outras cidades.
1911
  • A Reforma Rivadávia Correa, pretendia que o curso secundário se tornasse formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte.
  • Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira.
1912
  • Foi criada a primeira universidade brasileira: Universidade Federal do Paraná.
1915
  • Fundada a Universidade Popular de Cultura Racionalista e Científica, por Florentino de Carvalho em São Paulo, dentro do movimento da Escola Moderna.
  • Reforma Carlos Maximiliano
1919
  • Morre Anália Franco, fundadora de mais de setenta escolas e mais de uma vintena de de asilos para crianças órfãs.
  • Governo cassa as autorizações de funcionamento das escolas modernas. O movimento chega ao fim no Brasil.
1920
  • A educação elitista entra em crise: instala-se na organização escolar da Primeira República, uma dualidade, que é fruto da descentralização pela Constituição de 1891.
1922
  • João Luiz Alves introduziu a cadeira de moral e cívica com a intenção de abrandar os protestos estudantis.
1925
  • Reforma João Luiz Alves da Rocha Vaz.
1927
  • Anísio Teixeira secretário de Educação da Bahia viaja para os EUA, onde trava contato com as idéias do pedagogo John Dewey.
1930
  • Criação do Ministério da Educação e das Secretarias de Educação dosa Estados.
1931
  • O governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos".
  • Anísio Teixeira retorna ao Brasil e assume a diretoria de educação pública do Rio de Janeiro, integrando a rede municipal de ensino.
1932
  • Um grupo de 26 educadores realiza o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: consciência da defasagem entre a educação e as exigências do desenvolvimento social e humano.
  • Reforma Francisco Campos.
1934
  • Terceira Constituição: a primeira a incluir um capítulo especial sobre educação, estabeleceu pontos importantes para a educação.
  • Por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo.
1935
  • O Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual município do Rio de Janeiro, com uma Faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação. Dura apenas até 1939, mas será o embrião da futura UEG (Universidade Estadual da Guanabara), atual UERJ.
1937
    • Nova Constituição: seu texto sugere a preparação educacional de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado.
    • É criada a Universidade do Brasil (atual UFRJ), agrupando 15 instituições públicas de ensino superior que já existiam na capital federal.
1942
    • Reforma Gustavo Capanema:por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos do ensino: Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e valoriza o ensino profissionalizante.
1946
    • O então Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal, além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo as mudanças exigidas pela sociedade após a Revolução de 1930.
    • Paulo Freire começa a trabalhar com alfabetização de pessoas de baixa renda. Anísio Teixeira torna-se conselheiro da UNESCO (agência da ONU para Educação).
    • Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), promulgada pelo presidente Eurico Dutra. Anísio Teixeira volta a ser secretário de Educação da Bahia.
1948
    • O anteprojeto de reforma geral da educação nacional é encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas.
1950
    • Anísio Teixeira inaugura em Salvador, no estado da Bahia, o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro).
1952
    • O educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético.
1953
    • A educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura.
1960
    • Governo federal funda novas universidades federais no país, pela Lei nº 3.848, inclusive a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal de Santa Maria (primeira do interior do Brasil).
1961
    • Promulgada a Lei 4.024, sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica).
    • Campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 dias adultos analfabetos.
1962
    • Criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação.
    • Paulo Freire aplica seu método de alfabetização a 300 cortadores de cana analfabetos no interior de Pernambuco: em apenas 45 dias eles aprendem a ler e escrever. O sucesso do experimento inspira a criação de círculos culturais pelo Brasil.
    • Criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.
1964
    • Um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas".
    • Golpe militar: Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira são cassados; Paulo Freire é preso e exilado. Muda-se para o Chile, onde trabalha para a FAO (Organização de Alimentação e Agricultura, uma agência da ONU) e milita no Movimento Cristão pela Reforma Agrária.
1967
    • O regime militar institui o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), incorporando alguns dos métodos de Paulo Freire.
1968
    • LDB do Ensino Superior.
1970
    • Convidado pela Universidade de Harvard, Paulo Freire vai aos EUA e publica (no exterior) "Pedagogia do oprimido", seu principal trabalho, que dita as bases de seu método (pedagogia libertadora) e revoluciona a educação nos países em desenvolvimento. Muda-se novamente para Genebra, na Suíça, onde trabalha para a ONU e o Conselho Mundial de Igrejas.
1971
    • É instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. LDB do Ensino Básico.
    • Anísio Teixeira é encontrado morto no fosso do elevador do prédio de Aurélio Buarque de Holanda.
1980
    • Paulo Freire retorna ao Brasil.
1983
    • Darcy Ribeiro, como secretário de Educação do estado do Rio, cria os Centros Integrados de Ensino Público, escolas públicas de educação integral inspiradas nas experiências de Anísio Teixeira. No ano seguinte, Darcy publica "Nossa escola é uma calamidade".
1985
    • O Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL é extinto e criado o Projeto Educar.
1986
    • É realizada a Conferência Brasileira de Educação em Goiânia, Estado de Goiás
    • extinta a Coordenação de Educação Pré- Escolar - COEPRE e o Programa Pré-Escolar passa a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Básico do Ministério da Educação e da Cultura.
1988
    • Promulgada a nova Constituição , que defende a educação como direito de todos e dever do estado e da família.
    • Um Projeto de Lei para uma nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elísio.
1989
    • O deputado Jorge Hage enviou à Câmara um substitutivo ao Projeto do Deputado Octávio Elísio.
    • Paulo Freire torna-se secretário de Educação da cidade de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina.
1990
    • Collor de Mello cria os CIACs, inspirados na experiência dos CIEPs, em vários estados do Brasil.
1991
    • Fundado o Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
1992
    • O Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elísio.
1996
    • Lei de Diretrizes e Bases da Educação: muda as etapas de ensino (Básico, Fundamental, Médio e Superior) e acrescenta um ano a mais ao Fundamental. Exige formação superior para contratação de professores, o que acaba com a função do "curso normal" .
1997
    • Morrem Paulo Freire e Darcy Ribeiro.
    • É criado, pelo Ministério da Educação, o Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP.
1998
    • É instituído pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, para ser aplicado aos alunos concluintes e aos egressos deste nível de ensino.
2001
    • O Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à educação - "Bolsa Escola" é criado
    • É criado o Programa Diversidade na Universidade.








A origem da educação escolar no Brasil- a ação dos jesuítas como parte do movimento da contra- reforma católica”

   A origem da educação escolar no Brasil,começou com a ação dos jesuítas, pois faziam parte de uma ordem religiosa católica.
Criados com  a função de disseminar a fé católica pelo mundo, os padres jesuítas eram subordinados a um regime de privações que os preparavam para viverem em vários locais diferentes e  distantes, e se adaptarem às mais adversas condições.
 No Brasil, eles chegaram no ano de 1549, com a função de cristianizar as populações indígenas do território colonial,pois eram encarregados dessa missão.
Promoveram a criação das missões, onde organizavam as populações indígenas em torno de um regime que combinava trabalho e religiosidade.
Ao submeterem as populações aos conjuntos de valor da Europa, consumiam toda a diferença cultural das populações nativas do território e  submetiam os mesmos a uma rotina de trabalho que despertava a cobiça dos bandeirantes, que praticavam a venda de escravos indígenas.
Ao mesmo tempo em que atuavam junto aos nativos, os jesuítas foram responsáveis pela fundação das primeiras instituições de ensino do Brasil Colonial.
 Os principais centros de exploração colonial contavam com colégios administrados dentro da colônia. Dessa forma, todo acesso ao conhecimento laico da época era controlado pela Igreja.
 A ação da Igreja na educação foi de grande importância para compreensão dos traços da nossa cultura no Brasil, o grande respaldo dado às escolas comandadas por denominações religiosas e a predominância da fé católica em nosso país.
Além de contar com o apoio financeiro da Igreja, os jesuítas também utilizavam da mão-de-obra indígena no desenvolvimento de atividades agrícolas. Isso fez com que a Companhia de Jesus que eram de jesuítas, acumulasse um expressivo montante de bens no Brasil.
 Ao longo da colonização,  e a posterior redefinição das diretrizes coloniais portuguesas deram fim à presença dos jesuítas no Brasil.
 

A Importância da História da Educação.
A educação promove o desenvolvimento intelectual moral e físico de fazer adquirir conhecimentos, ensinar as normas sociais.
O ato de educar, promove a instrução e formação de valores  culturais e sócias.
O processo educativo não se limita a uma certa fase etária ou estádio de desenvolvimento, pelo contrário ,percorre toda a vida do sujeito e tende sempre  para o futuro, ou seja, é essencial ao devir da pessoa.
A História da educação tem duas funções, sendo elas , a história da educação como disciplina de um curso, a fim de educar as novas gerações para ter consciência e para implementação da aprendizagem, e a história da educação  como atividade científica de busca e interpretação das fontes, para melhor conhecer nosso passado e nosso presente.
A importância da educação é desenvolver uma atitude crítica face ás modas pedagógicas, de  analisarmos o jogo de identidades no espaço educativo, de situarmos a nossa própria existência na narrativa e de compreendermos que a mudança se faz a partir de pessoas e de lugares concretos.



Marcela Aparecida Gonçalves da Paixão  3233548148
Maridalva F .B De Sousa                           3200489221
Silvania P.Emídio                                       3226039236
Vanessa Maria Costa da Silva                    3219535206
     




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