terça-feira, 29 de maio de 2012

Grupo Potyara


Memórias Da Educação Escolar No Brasil Contemporaneo


 De inicio, podemos admitir que o homem seja um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também   da experiência pessoal.
      A história é a interpretação   da ação   transformadora do homem   no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.
      O trabalho que seria a ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo que produz sua própria cultura.
      Se o homem é o resultado por esse processo pelo qual constrói a cultura e a si próprio, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Na realidade, não há um conceito de “homem universal” que sirva de modelo para os educadores. Melhor seria referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto das relações sociais, que se transformam no decorrer do tempo. Ou seja, não compreendemos o homem fora de sua prática social, porque esta, por sua vez, se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Portanto, vimos que através do trabalho, o homem atua sobre o mundo transformando-o. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados, ao mesmo tempo em que estabelece projetos de mudança. Ou seja, o homem se insere no tempo: o presente humano não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro.
      Pensar o passado não deve ser visto como exercício de saudosismo, mera curiosidade ou erudição. O passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. Somos seres históricos que assimilamos culturas e heranças de nossos antepassados, mas estamos sujeito a mudanças. A nossa cultura deve ser resgatada todos os dias, mas é na memória do passado, por meio de documentos que levantamos hipóteses sobre fontes investigadas. 
Somos feito de tempo, pois é ele que dá o sentido a vida. Por que a história para ser reconstituída precisa passar pelo passado, relatando acontecimentos decorrentes da ação transformadora do ser humano.
As antigas concepções da história, segundo os povos tribais, não privilegiaram os acontecimentos da vida da humanidade e para eles o passado se remete aos “primórdios”. No entanto, no período grego, bem antes de Aristóteles, surgiu   “Heródoto” que escreveu o livro “histórias”, apresentou no seu livro uma investigação sobre o tempo(que não apague o trabalho dos homens). Por isso foi chamado de ”pai da história”
No período do renascimento, foi eleita a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado   O renascimento deu privilégio a duas disciplinas: matemática e as ciências da natureza .   Surgindo assim o “humanismo”. Os humanistas eram homens letrados profissionais da burguesia e do clero.Neste mesmo período surge a democracia, que permanece ate os dias atuais.
Mas foi na história moderna e contemporânea, no século XVII, que surgiu a modernidade, mas foi no Iluminismo que ocorreu uma ruptura na tradição aristocrática e o feudalismo foi substituído pela Revolução Industrial. Podemos, então , pensar no aperfeiçoamento da humanidade, enfim no progresso e a reflexão pedagógica.
Destacamos neste período a redefinição e reorganização da : família e da escola, tornando muito importando para o desenvolvimento da infância.
“ A história da educação no Brasil tem sido uma história de perdas, de exclusão e de manutenção dos privilégios de minorias. A herança que crianças e os jovens, hoje a maioria da população, recebem dessa história caracteriza-se pela carência, pelo descrédito e ausência de perspectiva, pela perplexidade. (...) a crise da educação atinge níveis intoleráveis. A política de desobrigação do Estado com a educação pública, gratuita e de qualidade cada vez mais vem excluindo crianças, jovens e adultos da escola e aprofundando as desigualdades sociais”. (Coned, 1998:7) 

A análise que o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública faz, no III Coned, alerta-nos para algumas discussões, dentre elas, o fato de procurar compreender por qual viés tem passado a educação. Afinal, o Estado tem priorizado o político social ou o econômico em se tratando de política educacional?

Por certo, as ações por parte do Estado, que se direcionam à educação, tem sido elaboradas de forma intencional e objetiva. Os interesses das políticas educacionais são pontuais, desde a perpetuação do poder do Império até os enfoques mercantilistas e economicistas da atualidade. A educação tem sido uma “ arma “ do Estado contra as forças opositoras ao poder estabelecido.

O movimento popular no Brasil há muito vem denunciando essas condições da educação e o caráter economista que os governos têm atribuído a ela. Nereide Saviani vai além, afirma que muito mais que impor seus interesses, a elite prepara ideologicamente os que vão mantê-la no poder:

“ A educação brasileira limitou-se, ao longo de sua história, a atender aos interesses das elites, visando formar, entre elas, os dirigentes, e tendo-se voltado para o povo apenas nos limites da formação de mão-de-obra e de inculcação ideológica para direcionar a escolha dos governantes”. (Saviani, 1997:56)

Atualmente, o quadro não tem sido diferente. Os dilemas e impasses do setor educacional é, inicialmente, um problema relacionado à crise da própria proposta político- pedagógico para a formação da população brasileira.

Historicamente, a escola vem relatando e defendendo que seu papel é o de formar os indivíduos para a sociedade. Essa mesma sociedade da forma como está estruturada não comporta os homens e mulheres com saberes e entendimento da vida que na escola aprendem.

O problema esta fundamentado num sistema econômico ideológico que, ironicamente, a própria escola contribui para se propagar. Seu projeto pedagógico não tem uma análise social do homem na sociedade em que vive. Mas sim, a ação humana sobre ou sob a sociedade produtiva.

Anteriormente, Nereide Saviani afirma que a educação serviu de inculcação ideológica. Segundo a autora , a escola tem sido utilizada na manutenção de um determinado modelo ideológico/econômico. Que inculcação ideológica tem permeado a escola nos últimos anos? No seu fazer pedagógico, a escola fala em nome de quem? Pretende-se aqui afirmar que a escola brasileira vem percorrendo desde o final do século XX os ideários neoliberais.

Sabe-se que há resistências no campo progressista educacional, mas a política que se afirma na educação nacional não foge à regra do campo ideológico neoliberal.
O neoliberalismo configura-se:

“Um complexo processo de construção hegemônica. Isto é, como uma estratégia de poder que se implementa em dois sentidos articulados: por um lado, através de um conjunto razoavelmente regular de reformas concretas no plano econômico, político, jurídico, educacional etc. e, por outro, através de uma série de estratégias culturais orientadas a impor novos significados sociais, a partir dos quais legitimam as reformas neoliberais como sendo as únicas que podem (e devem) ser aplicadas no atual contexto histórico de nossa sociedade.” (Gentili, 1996:). 

Os teóricos neoliberais afirmam que o capitalismo está em crise, e que isso é passageiro. É preciso, segundo eles, rever a conjuntura e rearticular as relações capitalistas. Pensar novas formas de reorganizar o capitalismo é a única saída e o neoliberalismo assume esse papel.

Outra característica neoliberalé a compreensão de que o mercado é o único setor e instrumento capaz de regular os interesses e as relações sociais. O setor público, no caso o Estado, é responsável por toda a crise pela qual a sociedade passa. Essa é a base de sustentação do neoliberalismo: o Estado é insuficiente para administrar o setor público, enquanto o setor privado é considerado altamente eficiente.

No setor educacional não parece novidade o que o governo vem fazendo com a educação pública. Alega insistentemente que a escola pública está ruim e que seus trabalhadores precisam de formação adequada. Por outro lado, são mínimos os salários desses profissionais. Outra característica neoliberal na educação são as chamadas “ajudas” às famílias para que mantenham os filhos da escola. O Estado deveria sim, está promovendo políticas públicas de geração de emprego e qualidade de vida da população. Ao contrário, submete a população excluída à manutenção da exclusão, e mais, fortalece os ideários da privatização da educação.

Na verdade, para os neoliberais, a educação passa por uma crise de eficiência, eficácia e produtividade. Segundo eles, a expansão tão almejada pelo setor progressista vem ocorrendo de uma forma desordenada. Os estabelecimentos de ensino não apresentam qualidade e sua ação pedagógica e gestão administrativa se caracterizam pela improdutividade. Os neoliberais afirmam que a escola não vive mais a falta de democratização e sim uma crise de cunho administrativo. Assim se encontra o setor educacional, administrado por quem não sabe. Os seus administrados são os professores que por sua vez, representam a ineficácia do Estado. Esta lógica também afirma que recursos financeiros não faltam, o que falta é uma melhor distribuição e uso adequado dos mesmos.

Além de afirmar que o Estado é assistencialista e ineficaz, os neoliberais defendem a retirada do setor público da área administrativa de políticas sociais, este não teria “competência“ para tal.

Nesta visão, é preciso reformar. E foi isso que aconteceu com a educação brasileira nas duas últimas décadas. O Estado controlou e reformou a Constituição Federal de l988 com a Emenda Constitucional nº 14, que fundamentou a lei 9424/96 – FUNDEF. Esta lei possibilitou a municipalização do Ensino Fundamental e delegou `as prefeituras a mercantilização da educação, quando estabelece o número de aluno x arrecadação. Outro exemplo, foi a promulgação da LDB 9394/96 que derrubou de vez a expectativa de se criar um Sistema Nacional de Educação, que teria um caráter unificador de propostas educacionais para a população brasileira considerando, certamente, os fins sociais do ensino.

Vale lembrar, também, a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Estes por sua vez, são altamente contraditórios e reforçam, segundo Nereide Saviani, a fragmentação do ensino e formação para ao trabalho:

“As finalidades da educação escolar, portanto, reduzem-se à aprendizagem de conhecimentos, úteis, imediatamente aplicáveis, tanto nas possíveis atividades profissionais, quanto na convivência social. Como fica, nesse contexto a formação integral da personalidade, a formação da cidadania? Ou o cidadão que se quer formar é aquele submetido ao mercado?” (Saviani, 1999:25) 

Por último, sem esgotar os exemplos, pode-se citar o Plano Nacional da Educação, que após muitas lutas e discussões de intelectuais, professores e entidades membros do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, foi elaborado o “ Plano Nacional de Educação: Proposta da Sociedade Brasileira” ( I Coned, l996). Nesse caso, mais uma vez, o governo federal atropelou a proposta oriunda da sociedade civil organizada aprovando seu próprio plano de educação, vetando inclusive de última hora, nove artigos, seis deles, referentes à financiamentos.

A educação na atualidade vive problemas de ordem ideológica estrutural, que perpassam o sistema econômico vigente. Influenciada por esses ideários, a Escola encontra-se num verdadeiro “ beco sem saída”. E reproduz a chamada ideologia dominante neoliberal. Um bom exemplo disso são os chamados controles escolares sugeridos pelo MEC. O PROVÃO tem sido preconizado nas escolas superiores como um instrumento que define o bom profissional para o mercado de trabalho, através das notas obtidas . Há cursos e escolas que preparam aulas e cursinhos específicos para o alunos se saírem “ bem no provão” .

Na Educação Básica não é diferente, o governo se utiliza de avaliações para provar que o ensino é ruim e os educadores compactuam com isso. Não se trata aqui de negar completamente o sistema avaliativo da educação. E sim, argumentar que os profissionais da educação o executam, sem ao menos analisarem e estabeleceram discussões sobre o que está por detrás dos ideários do Estado em ser flexível no processo ( na LDB tudo pode) e controlador na saída ( Saeb, Provão, Enem) . Já se pensou no que o governo pretende fazer com os resultados dessas avaliações ou o que já vem fazendo?

Já se pensou que o que o Estado quer é avalizar a forma como vem desobrigando-se de suas responsabilidades com a educação nas últimas décadas? Será que os resultados desse “controle” tem servido para transformar qualitativamente o ensino ou para reformar segundo os ideários neoliberais?

A Instituição Escola se corporifica através de seus(as) profissionais que carecem de tomar a frente do projeto político da Escola e não permitir o uso ideológico que vem se perpetuando ao longo da história do Brasil. Faz-se necessário, como afirma Dermeval Saviani, “impor uma resistência ativa”. Homens e mulheres trabalhadores (as) na Escola precisam acreditar nessa instituição e mudá-la a partir de sua ações politizadas em nome de um povo mais consciente.

“ A resistência ativa é uma arma na luta pela transformação da deficiente estrutura educacional brasileira.
Enquanto prevalecer na política educacional a orientação de caráter neoliberal, a estratégia da resistência ativa será a nossa arma de luta. Com ela nos empenharemos em construir uma nova relação hegemônica que viabilize as transformações indispensáveis para adequar a educação às necessidades e aspirações da população brasileira”. (Dermeval, 1997:)

Não se pode continuar com a dívida histórica da formação do povo brasileiro. Se até a república o ensino foi dogmático, o ensino contemporâneo não é diferente. A Escola continua ainda, defendendo o interesse de minorias, relegando para segundo plano o social e priorizando o setor econômico da sociedade.
        NOMES:                                                                      RAS:
Bárbara Gonçalves                                     2321377161                                     
Kátia Venceslau                                          1158380010
Karina Gonçalves                                       1140346025
Potyara Gomes                                           1156363674


DATA
QUADRO CRONOLÓGICO
1500
·         Chegado dos portugueses ao Brasil: Trouxeram em sua bagagem o modelo educacional europeu.
·         Já existia no Brasil uma forma de educação praticada pelos indígenas. A educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as "marcas repressivas" do modelo educacional europeu.
1534
·         Inácio de Loiola funda a Companhia de Jesus, que possuía objetivos catequéticos.
1549
·         Chegada dos jesuítas que trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade européia e métodos pedagógicos.
·         Os jesuítas abriram escolas de ler e escrever, prática agrícola, marcenaria e ferraria.
1570
·         A obra jesuítica já contava com cinco escolas de instrução elementar.
1759
·         Expulsão da Companhia de Jesus.
·         Expulsão dos jesuítas de todas as colônias. Por 210 anos, os jesuítas foram os mentores da educação brasileira.
1759
·         Pombal cria as aulas régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos.
1760
·         Início do Período Pombalino: mudança nos padrões de educação que até então eram impostos pelos jesuítas. Neste período a educação ficou estagnada.
1764
·         Decreto pombalino da instrução pública.
·         Instituído o ensino laico e público.
1772
·         Instituiu-se o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. O resultado da decisão de Pombal foi que, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada.
1808
·         Chegada da família real. A educação passou a ser voltada para quem tinha o poder.
·         Com a chegada da Família Real Portuguesa, são fundadas a Escola de Medicina da Bahia (em Salvador) e a do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Medicina da UFRJ).
·         Aumento da desigualdade social na educação: filhos de operários e agricultores eram condenados ao analfabetismo.
·         O Brasil foi finalmente "descoberto" e a História passou a ter uma complexidade maior.
·         Criação da Imprensa Régia.
·         Abertura de Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, onde foi criado por meio de edital real o curso superior ou ilustrativo urbano.
1810
·         Criação da Biblioteca Pública e Jardim Botânico do RJ.
·         Fundada a Escola de Engenharia do Rio de Janeiro.
1812
·         Criação da Gazeta do Rio.
1813
·         Criação da revista “O Patriota”.
1818
·         Abertura do Museu Nacional.
1822
·         D. Pedro I proclama independência do Brasil.
1823
·         Institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo".
1824
·         Lançada a primeira Constituição brasileira: trazia também medidas referentes à educação.
1826
·         Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias.
1827
·         Um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
·         Fundadas a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda (Pernambuco).
1834
·         O Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário.
1835
·         Surge a primeira Escola Normal do país, em Niterói.
·         Bons resultados pretendidos não aconteceram, já que, pelas dimensões do país, a educação brasileira perdeu-se, obtendo resultados pífios.
1837
·         É criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente, o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo.
1889
·         Proclamação da Primeira República: na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista.
1890
·         Reforma de Benjamin Constant: princípios de liberdade, laicidade do ensino (leigo) e gratuidade da escola primária. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica.
1901
·         O Código Epitácio Pessoa, inclui a Lógica entre as matérias e retira a Biologia, a Sociologia e a Moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da científica.
1906
·         Criada a Liga Internacional para a Instrução Racional da Infância, que defende o estabelecimento da "Escola Moderna" para a educação infantil, sobre princípios laicos (não-religiosos), racionais e científicos.
1909
·         Primeira escola moderna fundada no Brasil, a Escola Nova, em São Paulo. Até 1919, serão fundadas outras 18 escolas do tipo, em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Niterói, Belém do Pará e Fortaleza, entre outras cidades.
1911
·         A Reforma Rivadávia Correa, pretendia que o curso secundário se tornasse formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte.
·         Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira.
1912
·         Foi criada a primeira universidade brasileira: Universidade Federal do Paraná.
1915
·         Fundada a Universidade Popular de Cultura Racionalista e Científica, por Florentino de Carvalho em São Paulo, dentro do movimento da Escola Moderna.
·         Reforma Carlos Maximiliano
1919
·         Morre Anália Franco, fundadora de mais de setenta escolas e mais de uma vintena de de asilos para crianças órfãs.
·         Governo cassa as autorizações de funcionamento das escolas modernas. O movimento chega ao fim no Brasil.
1920
·         A educação elitista entra em crise: instala-se na organização escolar da Primeira República, uma dualidade, que é fruto da descentralização pela Constituição de 1891.
1922
·         João Luiz Alves introduziu a cadeira de moral e cívica com a intenção de abrandar os protestos estudantis.
1925
·         Reforma João Luiz Alves da Rocha Vaz.
1927
·         Anísio Teixeira secretário de Educação da Bahia viaja para os EUA, onde trava contato com as idéias do pedagogo John Dewey.
1930
·         Criação do Ministério da Educação e das Secretarias de Educação dosa Estados.
1931
·         O governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos".
·         Anísio Teixeira retorna ao Brasil e assume a diretoria de educação pública do Rio de Janeiro, integrando a rede municipal de ensino.
1932
·         Um grupo de 26 educadores realiza o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: consciência da defasagem entre a educação e as exigências do desenvolvimento social e humano.
·         Reforma Francisco Campos.
1934
·         Terceira Constituição: a primeira a incluir um capítulo especial sobre educação, estabeleceu pontos importantes para a educação.
·         Por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo.
1935
·         O Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual município do Rio de Janeiro, com uma Faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação. Dura apenas até 1939, mas será o embrião da futura UEG (Universidade Estadual da Guanabara), atual UERJ.
1937
o    Nova Constituição: seu texto sugere a preparação educacional de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado.
o    É criada a Universidade do Brasil (atual UFRJ), agrupando 15 instituições públicas de ensino superior que já existiam na capital federal.
1942
o    Reforma Gustavo Capanema:por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos do ensino: Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e valoriza o ensino profissionalizante.
1946
o    O então Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal, além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo as mudanças exigidas pela sociedade após a Revolução de 1930.
o    Paulo Freire começa a trabalhar com alfabetização de pessoas de baixa renda. Anísio Teixeira torna-se conselheiro da UNESCO (agência da ONU para Educação).
o    Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), promulgada pelo presidente Eurico Dutra. Anísio Teixeira volta a ser secretário de Educação da Bahia.
1948
o    O anteprojeto de reforma geral da educação nacional é encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas.
1950
o    Anísio Teixeira inaugura em Salvador, no estado da Bahia, o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro).
1952
o    O educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético.
1953
o    A educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura.
1960
o    Governo federal funda novas universidades federais no país, pela Lei nº 3.848, inclusive a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal de Santa Maria (primeira do interior do Brasil).
1961
o    Promulgada a Lei 4.024, sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica).
o    Campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 dias adultos analfabetos.
1962
o    Criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação.
o    Paulo Freire aplica seu método de alfabetização a 300 cortadores de cana analfabetos no interior de Pernambuco: em apenas 45 dias eles aprendem a ler e escrever. O sucesso do experimento inspira a criação de círculos culturais pelo Brasil.
o    Criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.
1964
o    Um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas".
o    Golpe militar: Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira são cassados; Paulo Freire é preso e exilado. Muda-se para o Chile, onde trabalha para a FAO (Organização de Alimentação e Agricultura, uma agência da ONU) e milita no Movimento Cristão pela Reforma Agrária.
1967
o    O regime militar institui o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), incorporando alguns dos métodos de Paulo Freire.
1968
o    LDB do Ensino Superior.
1970
o    Convidado pela Universidade de Harvard, Paulo Freire vai aos EUA e publica (no exterior) "Pedagogia do oprimido", seu principal trabalho, que dita as bases de seu método (pedagogia libertadora) e revoluciona a educação nos países em desenvolvimento. Muda-se novamente para Genebra, na Suíça, onde trabalha para a ONU e o Conselho Mundial de Igrejas.
1971
o    É instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. LDB do Ensino Básico.
o    Anísio Teixeira é encontrado morto no fosso do elevador do prédio de Aurélio Buarque de Holanda.
1980
o    Paulo Freire retorna ao Brasil.
1983
o    Darcy Ribeiro, como secretário de Educação do estado do Rio, cria os Centros Integrados de Ensino Público, escolas públicas de educação integral inspiradas nas experiências de Anísio Teixeira. No ano seguinte, Darcy publica "Nossa escola é uma calamidade".
1985
o    O Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL é extinto e criado o Projeto Educar.
1986
o    É realizada a Conferência Brasileira de Educação em Goiânia, Estado de Goiás.
1987
o    É extinta a Coordenação de Educação Pré- Escolar - COEPRE e o Programa Pré-Escolar passa a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Básico do Ministério da Educação e da Cultura.
1988
o    Promulgada a nova Constituição , que defende a educação como direito de todos e dever do estado e da família.
o    Um Projeto de Lei para uma nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elísio.
1989
o    O deputado Jorge Hage enviou à Câmara um substitutivo ao Projeto do Deputado Octávio Elísio.
o    Paulo Freire torna-se secretário de Educação da cidade de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina.
1990
o    Collor de Mello cria os CIACs, inspirados na experiência dos CIEPs, em vários estados do Brasil.
1991
o    Fundado o Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
1992
o    O Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elísio.
1996
o    Lei de Diretrizes e Bases da Educação: muda as etapas de ensino (Básico, Fundamental, Médio e Superior) e acrescenta um ano a mais ao Fundamental. Exige formação superior para contratação de professores, o que acaba com a função do "curso normal" .
1997
o    Morrem Paulo Freire e Darcy Ribeiro.
o    É criado, pelo Ministério da Educação, o Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP.
1998
o    É instituído pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, para ser aplicado aos alunos concluintes e aos egressos deste nível de ensino.
2001
o    O Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à educação - "Bolsa Escola" é criado
2002

É criado o Programa Diversidade na Universidade.
2004
O Prouni ( Programa Universidade para todos ) vincula a concessão de bolsa em faculdades e universidades brasileiras ao desempenho do Enem, tornando mais popular o exame.

2007
Lançado pelo governo o plano de desenvolvimento da educação (PDE),que inclui um estudo detalhado sobre o ensino público e ações com o foco na formação do professor.Tentativa de diminuir a defasagem da educação brasileira.

                                         
        NOMES:                                                                      RAS:
Bárbara Gonçalves                                     2321377161                                     
Kátia Venceslau                                          1158380010
Karina Gonçalves                                       1140346025
Potyara Gomes                                           1156363674

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