quinta-feira, 31 de maio de 2012

GRUPO ROSEMEIRE



SOMOS FEITOS DE TEMPO?
Sim, somos feitos de tempo, somos seres históricos que fabricamos nosso passado, tudo o que vivemos hoje será, no futuro, o nosso passado. De acordo com nossas vivencias e relações sociais mudaram nossas ações e pensamentos, e a história vai se formando de geração para geração.
“[...] onde há ser humano há cultura. Onde quer que o ser humano toque, o que quer que faça, está a modificar a realidade e a sai próprio e, assim, que interferir no mundo natural ou dele participa, está a criar um mundo cultural”. (REISEWITZ, 2004, p.81)
1º SEMANA:  A educação, o saber, se passa de pessoa para pessoa, de cultura para cultura, de sociedade para sociedade; daí cada sociedade tem fatores culturais que vão sendo transmitidos ao longo do processo histórico, desenvolvidos através de seus artefatos místicos, éticos e religiosos influenciando sua forma de pensar e agir. Assim, o processo evolutivo de um povo se dá através do conhecimento de sua história e esse conhecimento histórico é seletivo, pois cada historiador faz uma escolha dos acontecimentos mais importantes para sua história. Dessa forma, em cada época e local a memória é registrada de maneiras diferentes e é fundamental na formação da identidade cultural, das tradições e no registro de experiências significativas, por isso deve ser valorizada e preservada.
A preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural é necessária, pois esse patrimônio é o testemunho vivo da herança cultural de gerações passadas que exerce papel fundamental no momento presente e se projeta para o futuro, transmitindo às gerações por vir as referências de um tempo e de um espaço singulares, que jamais serão revividos, mas revisitados, criando a consciência da Inter comunicabilidade da história. (ICOMOS, 1980)
A história da educação não é muito difícil de ser compreendida. Ela nos permite ver que, em outros lugares, culturas e épocas, ou aqui perto de nós, a educação, de modo geral, e a escola, em particular, tem mudado, mas parecem manter alguns elementos intocados.
A história, dessa forma, ajuda-nos a olhar nossa realidade com paciência, afinal, as coisas demoram muito a mudar. As vezes é preciso esperar duas ou três gerações para que uma inovação educacional se estabeleça.
Enfim, estudar história da educação é compreender o presente, e intervir no futuro através do estudo do passado, não cometendo os mesmos erros de nossos antepassados.

2º SEMANA: A ORIGEM DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL – A AÇÃO DOS JESUÍTAS COMO PARTE DO MOVIMENTO DA CONTRA-REFORMA CATÓLICA
A escola foi invenção da sociedade grega em que um número cada vez maior de privilegiados, vivendo também a invenção da democracia, reclamava para seus filhos a iniciação em técnicas e conhecimentos até então rigorosamente guardados pelas famílias aristocratas, aquelas que tinham virtude e valor.
Ao longo dos tempos a escola, de acordo com a sociedade na qual se insere, muda sua feição. Depois da conquista e da derrota da Grécia, o Império Romano leva os princípios de colaboração para a paz romana a todos os domínios conquistados e faz do latim (língua que era falada do Lácio, antiga região da Itália) língua oficial. Entre os Romanos, os estudos literários e científicos constituíram o cerne do “Plano de Estudos”, diferentemente dos gregos que tinham a filosofia um dos seus principais pilares.
Nascido no interior desse império, o cristianismo, tendo como principal instituição a Igreja Católica, vai se ocupar da educação, da instrução e cria suas próprias escolas, depois que os Bárbaros (assim chamados porque não viviam sob o domínio imperial e não falavam a língua oficial) derrotaram as forças guerreiras romanas.
Tanto a formação do cristão, que tem seu ensinamento baseado na Bíblia (em detrimento das artes liberais de Antiguidade), quanto a formação do homem capaz de prover a vida e defender o cristianismo, estabelecem novas formas de relação, de ética e de estética, inclusive pedagógicas, e nossas escolas estará presentes.
A educação admite que possa haver uma escola alegre e que os estudos literários, científicos e filosóficos constituem partes igualmente importantes de um currículo, um artefato cultural, como tantos outros. Novos mundos são alcançados, as Américas, anunciando uma nova era e novas raças culturais que obrigavam a pensar em um novo tipo de educação e um novo tipo de escola.
Os portugueses chegaram a uma nova terra a que dão o nome de Brasil e dela se apossam. Tornamo-nos colônia e durante mais de três séculos, apesar dos muitos movimentos de resistência e rebeldia, servimos de sustentáculo econômico da metrópole européia, que gradativamente entrava em decadência. A grande propriedade e a mão-de-obra escrava traficada da África baseavam economicamente essa nova sociedade, formada pelos que aqui já habitavam há séculos: os nativos nominados de índios, negros, judeus, árabes, portugueses, holandeses, franceses, etc.
A idade moderna abre inteiramente três janelas, até então apenas entreabertas. Firma princípios e modos de conduta religiosos e a Igreja Católica é obrigada a admitir o protesto.
O século XVII não será apenas palco de grandes feitos políticos; será religioso, implementando proposições teológicas advindas da Reforma e Contra-reforma, com profundas consequências para a extensão da leitura e da escrita a um crescente número de pessoas, e para a escola, seus métodos, seu corpo docente e discente e suas normas e regras de conduta e bem viver.
O Brasil, parte do novo mundo conquistado por países católicos reformados, vai ter na Companhia de Jesus seu principal agente educador. Apesar das revoluções científicas, a teologia, a moral e uma disciplina militar dão o tom da educação jesuítica.
Curumins e filhos de colonos são os principais alvos da ação educativa dos padres que, em um só movimento, contribuíram para destruir a cultura dos nativos fazendo-os crer, por exemplo, na existência de um Deus Único e onipresente (onipotente e consciente): protegê-los dos mercenários, educar uma elite nos colégios secundários e formar quadros para a própria Ordem nos cursos superiores de teologia.
Destacamos os seguintes jesuítas que vieram ao Brasil no século XVI: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Seus objetivos eram: levar o catolicismo para regiões descobertas no século XVI, principalmente a América; catequizar os índios americanos, China e África, para evitar o avanço do protestantismo; e construir escolas católicas nas diversas regiões do mundo.
Em Portugal, o Marquês de Pombal, representante dos novos ventos que assombravam a Europa e outras partes do mundo, expulsou os jesuítas do Reino e de suas colônias, acusando-os de acumularem fortunas e de não propagarem as conquistas das revoluções científicas centradas na razão.
No caso brasileiro, o século XIX será marcado pela progressiva institucionalização da escola e da lenta afirmação do lugar do estado como principal provedor da educação.
Já com o estabelecimento da família real no Brasil, fugitiva das tropas de Napoleão, em 1808, novos ares culturais e educativos começam a se respirar na colônia; cursos superiores, assim como a Biblioteca, o Museu Nacional, o Jardim Botânico, etc. As escolas normais são criadas e progressivamente a mulher, principalmente a partir do final daquele século, passa a ocupar a maior parte dos lugares no magistério primário. A escola, aos poucos, ganha materiais, espaços, profissionais próprios para ela, e passa a ser vista a partir de então, como a principal instância de transmissão do saber.
O século XX traz novos debates acerca da educação (auxiliada por ciências novas como a psicologia e a sociologia) e, com muita força, a escola passa a ser questionada por dentro: A Escola Nova chama a atenção para o papel do aluno como sujeito da aprendizagem e o papel de mediador do professor.
No final do século XX, e o início do século XXI, está instituído uma escola em que os meios de ensino são diferentes. A máquina não está instalada apenas na indústria, mas na sala de aula, desde projetores de slides ou gravadores e retroprojetores, hoje considerados modestos, até televisores e computadores ligados a internet.
A atenção de especialistas se volta agora para o papel do professor e para o risco do excesso, pois sabe-se que as doses excessivas de informação a que um número crescente de pessoas está exposta, ao invés de aumentar o saber, provocam ignorância.
A escola está em constante aceitação, produzindo cenas que são a expressão de um conjunto de normas e regras que a sociedade e essa máquina chamada educação pensaram para eles. Mas a educação nunca se restringiu a escola. Práticas educativas tem ocorrido, ao longo do tempo, fora dessa instituição, e as vezes, com maior força do que se considera, principalmente para certos grupos sociais e em determinadas épocas. A cidade, o trabalho, o lazer, os movimentos sociais, a família, a Igreja, foram, e continuam sendo, poderosas forças nos processos de inserção de homens e mulheres em mundos culturais específicos.

3º SEMANA: Principais estabelecimentos ESCOLARES fundados em cada período da Historia da educação brasileira.
 1534     | Inácio de Loyola funda a Companhia de Jesus que possuía objetivos catequéticos      |
 1541     | Fundação do 1° colégio da Companhia de Jesus            |
 1542     | Colégio e Universidade de Pádua        |
 1544     | Colégio fundado por S. Francisco de Borja, Duque de Gandia |
 1549     | Os jesuítas abriram escola de ler e escrever   |
 1550     | Fundação do Colégio dos Meninos de Jesus, na Bahia               |
 1552     | Colégios dos meninos órfãos no Brasil               |
 1555     | Escolas jesuítas de São Paulo de Piratininga e da Bahia              |
 1556     | Fundação do Colégio Jesuíta de Todos os Santos         |
 1557     | Fundação do Colégio de Jesuíta do Rio de Janeiro       |
 1623     | Fundação do Colégio Jesuíta do Maranhão     |
 1646     | Fundação do Colégio Jesuíta de Santo Inácio, em São Paulo   |
 1654     | Criação do Colégio Jesuíta de São Tiago, no Espírito SantoFundação do Colégio Jesuíta de São Miguel, em Santos, o de SantoAlexandre, no Pará, e o de Nossa Senhora da Luz do Maranhão            |
 1683     | Fundação do Colégio Jesuíta de Nosso Senhor do Ó, em Recife            |
 1808     | Escola de medicina na BahiaFaculdade nacional de medicina (atual UFRJ)Academia real da marinha   |
 1809     | Academia de médico-cirurgião do Rio de Janeiro         |
 1810     | Escola de engenharia do Rio de JaneiroAbertura da Academia Militar                |
 1827     | Escola de direito de Largo de São Francisco em São PauloFaculdade de direito de Olinda (Pernambuco)1912 |
 1835     | 1° escola normal do país em Niterói    |
 1837     | Colégio Pedro II            |
 1909     | 1° escola moderna fundada no Brasil  |
 1912     | Universidade Federal do Paraná (1° universidade brasileira)  |
 1915     | Universidade Popular de Cultura Racionalista e Científica        |
 1930     | Criação do Ministério da Educação      |
 1937     | Universidade do Brasil (atual UFRJ)     |
 1950     | Centro Educacional Carneiro Ribeiro   |
 1960     | 1° Universidade Federal de Santa Maria no interior do Brasil  |
 1967     | Movimento Brasileiro de Alfabetização            |
 1985     | Movimento Mobral é instinto               |
 1991     | Instituto Paulo Freire |
 1997     | Ministério da Educação cria o programa de expansão da educação     |


Por Ingrid Caroline ,Daniela dos Santos Ferreira ,Juliana dos Santos,Rosemeire aparecida das chagas


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