A
IMPORTANCIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
A
História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser estudada e
compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A
primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao
território do Novo Mundo. Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses
trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as
populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se
fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as
populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional
europeu. Num programa de entrevista na televisão o indigenísta Orlando Villas
Boas contou um fato observado por ele numa aldeia Xavante que retrata bem a
característica educacional entre os índios: Orlando observava uma mulher que
fazia alguns potes de barro. Assim que a mulher terminava um pote seu filho,
que estava ao lado dela, pegava o pote pronto e o jogava ao chão quebrando.
Imediatamente ela iniciava outro e, novamente, assim que estava pronto, seu
filho repetia o mesmo ato e o jogava no chão. Esta cena se repetiu por sete
potes até que Orlando não se conteve e se aproximou da mulher Xavante e
perguntou por que ela deixava o menino quebrar o trabalho que ela havia acabado
de terminar. No que a mulher índia respondeu: "- Porque ele quer."
Podemos também obter algumas noções de como era feita a educação entre os
índios na série Xingu, produzida pela extinta Rede Manchete de Televisão. Neste
seriado podemos ver crianças indígenas subindo nas estruturas de madeira das
construções das ocas, numa altura inconcebivelmente alta.
Quando
os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e
a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Este método
funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura
marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de
Pombal. Se existia alguma coisa muito bem estruturada em termos de educação o
que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentou-se as aulas régias o
subsídio literário, mas o caos continuou até que a Família Real, fugindo de
Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo. Na verdade
não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a
vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para
preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias
Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico
e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia.
Segundo
alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa
História passou a ter uma complexidade maior. A educação, no entanto, continuou
a ter uma importância secundária. Basta ver que enquanto nas colônias
espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a
Universidade de São Domingos e em 1551 a do México e a de Lima, a nossa
primeira Universidade só surgiu em 1934, em São Paulo. Por todo o Império,
incluindo D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, pouco se fez pela educação
brasileira e muitos reclamavam de sua qualidade ruim. Com a Proclamação da
República tentou-se várias reformas que pudessem dar uma nova guinada, mas se
observarmos bem, a educação brasileira não sofreu um processo de evolução que
pudesse ser considerado marcante ou significativo em termos de modelo. Até os
dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação
continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo,
que é a de manter o "status” para aqueles que freqüentam os bancos
escolares.
NOME COMPLETO: RA:
Bárbara Gonçalves 2321377161
Kátia Venceslau
1158380010
Karina Gonçalves
1140346025
Potyara Gomes
1156363674
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